sexta-feira, 30 de abril de 2010
Quatro anos depois...
«Porque ela amava-te irresponsavelmente, eloquentemente. Dedicou-se a suspirar por ti todos os segundos trémulos de cada respiração. Ela amou-te, do fundo do seu largo coração. E esse amor errado e desmedido dava-te o prazer supremo da posse de um tesouro raro e precioso. Amava-la de volta com toda a tua selvagem existência , carinhosamente civilizada pelo amor puro dela.
Mas no final do dia continuavas sedento de uma qualquer sensação de prazer. Esgotavas todos os teus cigarros sombrios e todas garrafas de uísque para te esqueceres do teu eu animalesco. Que ela não conseguiu acalmar no teu peito. No final da noite, eras profundamente triste e obscuro na solidão crua e fria.»
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