A carta final (parte 2)
«Tal como um homem que olha apenas para trás numa viagem através do país, eu ignorei o que estava à minha frente. Perdi a beleza de um nascer do Sol que estava para vir, o encanto da antecipação que faz a vida valer a pena. Fiz mal ao proceder desta maneira, em resultado da minha confusão, e gostava de ter percebido isso mais cedo.
Agora, porém, com os meus olhos postos no futuro, vejo o teu rosto e oiço a tua voz, certo de que esse é o caminho que devo seguir. É o meu mais profundo desejo que tu me dês mais uma oportunidade.
(...)
Quis acreditar que poderia continuar a viver como sempre tinha vivido até então. Mas não posso.
(...) fez-me doer por dentro por causa do que eu tinha feito à nossa relação (...) lamento muito, mas mesmo muito, ter-te alguma vez magoado (...)
Se calhar é tarde demais agora. Não sei (...) eu amo-te e amar-te-ei sempre... porque não posso continuar desta maneira. Fico doente e triste sem ti (...) rezo para que me deixes voltar para ti. desta vez para sempre.
in «As palavras que nunca te direi»
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