quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coração.




«Nessa manhã ele saiu atribulado, preocupado, não fazia ideia se seria mais um desempregado.
Ela triste porque o amava mais do que a ela, disse-lhe:
Querido vai tudo correr bem, leva o meu coração contigo.
...Vai-te fazer bem.

Enternecido com o gesto chegou perto dela, puxou-a contra o seu peito e beijando-a apaixonadamente sentiu toda a magia daquele coração.
Então saiu para a rua como se o mundo fosse todo dele.

Já não se sentia triste… pulava qual criança que acredita e vê esperança ao seu redor… corria… estava alegre regozijava-se de ser tão amado pela sua amada.

Sentir que perante tanta adversidade na sua vida... com insegurança no trabalho... com problemas de saúde... com despesas certas para um vencimento incerto...
Pensava ao menos no amor tenho sorte!
Ao menos no amor tenho alguém...
Alguém que não me faz sentir ninguém.

Virou-se para se despedir… reparou que nas mãos dela estava o seu coração… como era possível ele estar vivo sem ela?
Sedento e mais afoito voltou-se e beijou-lhe as mãos.
Estonteante quase louco deixou aquela grande preocupação e passou a encarar a vida como se esgotasse naquele instante.

Naquele coração, como por magia estava a vida dos dois... os seus sonhos... as suas ilusões... as suas esperanças... mas principalmente estava a certeza de não sair só.... a certeza de tudo estar certo... a certeza de que quando voltasse... valeria sempre a pena... naquele coração estava o seu coladinho ternamente como se de um só se tratasse.»



(Rex Manuel e Ester Pita)
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