sábado, 14 de novembro de 2009

Eu espero...

Chegaste sem esperar, não te fizeste anunciar...
Vivia fechada numa redoma de vidro.Todos me viam mas não me conseguiam tocar.
Finalmente comecei a convencer-me que podia e devia mudar. Tu também contribuíste para esse pensamento.
Devia dar-me essa hipótese, porque mereço ser amada e sentir... a paixão recente, a emoção do primeiro beijo, o coração acelerado, o arrepio na pele, o formigueiro no estômago.
Tocar e ser tocado, intuir, sentir...viver.
Apareceste ainda antes de ter percebido que me tinha dado essa oportunidade.
Surgiste do nada como um anjo a voar suavemente e que pousou indelével na minha frente.
Logo percebi que seria diferente, só não sabia o quanto, como, ainda hoje não sei o porquê.
Nossos breves encontros e desencontros deixavam-me em polvorosa, ansiosa pela próxima vez, nervosa porque não estavas, eufórica porque aparecias, triste porque te ias.
Foi rápido, foi muito rápido e intenso e, logo descobri um amor sem explicação.
Aos poucos, com as contrariedades, as ausências, as dúvidas, o não saber onde estás, como estás, porque não respondes, veio a explicação de um amor inexplicável.
Finalmente tinhas chegado.
Caminhámos quase quatro décadas lado a lado sem nos cruzarmos. A amar, a crescer, a viver, a construir, a edificar...paralelamente...
Finalmente, quando já somos adultos com passado, cruzamo-nos no presente.É um presente difícil, tem sido um presente difícil.
Há os receios todos, o medo de magoar, de fazer sofrer, de destruir o que construimos, mas também o medo de sofrer, do desconhecido.
Tu tiveste medo do que sentias, eu não. Nunca tive medo deste sentimento que me enche a alma e o peito, que me faz vibrar e querer viver. A alegria, o sorriso, o sentir, o estar viva e pronta para arriscar.
Eu estou pronta, eu quero, eu desejo, eu acredito, eu posso!
E tu? Onde estás? Em que fase dessa entrega estás? Já criaste coragem?
Eu espero...

Trapalhonazinha

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