segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Masaharu Taniguchi


Masaharu Taniguchi (jap. 谷口 雅春 Taniguchi Masaharu - Kobe, 22 de Novembro de 1893 - Nagasaki, 17 de Junho de 1985) foi um líder religioso japonês, fundador da Seicho-No-Ie. [1]

Nascido na cidade de Kobe, no Japão. Recebeu uma educação doméstica rigorosa, pois seu pai adotivo era descendente de samurais. Contra o desejo dos pais, que prefeririam que ele fosse se formasse em medicina ou se tornasse militar, Taniguchi iniciou em 1911 seus estudos na área de literatura inglesa pela Universidade de Waseda em Tóquio. Paralelamente, estudava também filosofia tanto ocidental quanto oriental e tomou contato com obras de autores como Schopenhauer, Nietzsche e Oscar Wilde, que o levou a refletir sobre os problemas da humanidade e soluções para as contradições que ele teria constatado.

Não chegou a terminar a faculdade. Largou o curso superior por achar injusto que enquanto ele estudava e se tornava alguém na vida, a grande maioria da população mundial se consumia em trabalhos desgastantes e sofridos. Por essa época, ele pensava que era impossível viver sem matar, pois mesmo ao se tomar um simples copo d'água se assassina as bactérias que ali viviam. Taniguchi chegou a pensar em se suicidar para não matar outras vidas, mas refletiu que mesmo que fizesse isso estaria acabando com uma vida.

Em 1929, depois de muito estudo e contemplação, ele reportou ter recebido uma revelação divina que o impeliu a apresentar essa nova doutrina à humanidade, compilada no livro chamado "A Verdade da Vida". Dr. Taniguchi (sob inspiração) escrevia sobre como a vida pode ser destinada a ser harmoniosa e alegre em todos os aspectos reconhecendo no interior somente bons sentimentos, pois o mundo que nos cerca é reflexo de nossa mente.

Em 1930, Taniguchi fundou a Seicho-no-ie, ao publicar também a revista homônima, a fim de tentar explicar aos outros as revelações que recebia e, em 1932, são publicados os primeiros exemplares de sua obra "A Verdade da Vida".

Era uma revista apenas de cunho moral, e o próprio autor ficou surpreso quando leitores escreveram-lhe dizendo que estavam lhe ocorrendo milagres pela leitura da revista. Em 1935, o Ministério da Cultura japonês classificou a Seicho-No-Ie como religião. A princípio, isso preocupou Taniguchi, que queria que a Seicho-No-Ie atingisse a pessoas de todas as religiões. No entanto, foi isso que salvou a Seicho-No-Ie durante a Segunda Guerra Mundial, pois a filosofia só sobreviveu em nome da liberdade religiosa.

A partir de 1962, inicia várias viagens internacionais pela Europa e pelas Américas para divulgar seus trabalhos e revelações pessoalmente, tendo visitado os Estados Unidos por três vezes, e também o Canadá, o México e o Brasil por duas vezes, acompanhado de sua esposa Teruko. Na segunda vez que esteve no Brasil, disse que em sua próxima vida pretendia nascer nesse país.

Masaharu Taniguchi faleceu em Nagasaki, aos 92 anos de idade (incompletos), em 1985.


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