domingo, 12 de dezembro de 2010

E o menino nasceu!

Eram dois,
Caminhavam custosamente
Sofriam juntos porque se amavam
e no amor até o sofrimento se compartilha.
Ela caminhava lentamente
O ventre a latejar,
Ele desesperadamente
entre o tentar ampará-la e o
encontrar um abrigo
sentia-se desfalecer.
Ela continuava,
Uma força interior fazia-a prosseguir:
O seu menino não podia nascer ali;
o escolhido,
Aquele que iria salvar os Homens!
Não!
Não ia deixá-lo nascer por entre a poeira
e as pedras do chão.
No frio daquela noite.
Desamparado, ao relento.
A custo arrastavam-se por entre as casas.
Ao longe uma voz brilhava, seguiram-na.
De repente, não se sabe como
a luz parou sobre um estábulo...
...não, é aí que a história muda.
Não era um estábulo, era um palácio.
Todo ele cintilava.
Era feito todo em ouro, coberto das mais lindas
preciosidades da terra,
Recheado de todos os confortos
Cómodo e seguro.
Entraram e finalmente
deixaram de sofrer, descansaram.
E o menino nasceu!
E com ele nasceu a esperança.
A esperança de um mundo melhor
de um mundo novo, sem ódios nem
guerras.
De um mundo onde os Homens não saibam
o que é a dor, o sofrimento.
É o sonho que cada mãe traz
no seio, junto ao seu filho.
É o pensamento mais puro que todas
aquelas que vêm o seu menino nascer...

Anaísa
Natal-1988

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