sexta-feira, 15 de outubro de 2010

o mais maravilhoso dos encontros...

... o de duas almas gémeas, aquele em que as questões do corpo físico passam a ocupar um nível inferior. O calor dos olhos dos enamorados derrete a barreira que a carne impõe e deixa-os passar plenamente para a contemplação da alma. Alma que, ao ser idêntica, reconhece a energia do companheiro como sua própria. O reconhecimento começa nos centros receptores de energia do corpo humano: os chacras. Existem sete chacras. A cada um corresponde um som na escala musical e uma cor do arco-íris. Quando são activados pela energia proveniente da alma gémea, vibram com todo o seu potencial e produzem um som. Obviamente, no caso das almas gémeas, cada chacra tem dois sons idênticos, harmonizados, geram uma subtil energia que circula pela espinha dorsal, sobe até ao centro do cérebro, e daí é lançada para cima, donde imediatamente depois cai convertida numa cortina de cor que banha a aura de cima a baixo.
(...)
Existe uma diferença abissal entre os empareceimentos de corpos de almas diferentes e os dos corpos de almas gémeas. No primeiro caso, há uma premência pela posse física, e, por muito intensa que chegue a ser a relação, estará sempre condicionada pela matéria. Nunca se conseguirá a comunhão perfeita de almas, por mais afinidade que haja entre elas. O máximo que se pode chegar é a obter um enorme prazer físico, mas não passa daí.
No caso das almas gémeas a coisa torna-se mais interessante, pois a fusão entre elas é total e a todos os níveis. Tal como há um lugar no corpo da mulher para ser ocupado pelo membro viril, entre átomo e átomo de cada corpo há um espaço livre para ser ocupado pela energia da alma gémea, ou seja, estamos a falar de uma penetração reciproca, pois cada espaço converte-se ao mesmo tempo no continente e no conteúdo do outro: na fonte e na água, na espada e na ferida, no Sol e na Lua, no mar e na areia, no pénis e na vagina. a sensação de penetrar um espaço só é equiparável à de se sentir penetrado. A de molhar, à de se sentir molhado. A de amamentar, à de ser amamentado. A de receber o morno esperma no ventre, à de ejaculá-lo. Os dois são motivo de orgasmo. E quando todos e cada um dos espaços que existem entre átomo e átomo das células do corpo foram cobertos ou cobriram, pois para o caso é a mesma coisa, vem um orgasmo profundo, intenso, prolongado. A fusão das duas almas é total e já não há nada que uma não saiba da outra, pois formam um só ser.

in «A lei do Amor»

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