terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Paixão


Sinto uma louca paixão em meu peito,

que me escraviza e me deixa sem jeito.

Que faz meu corpo arder por inteiro

submisso a esse amor feiticeiro.


Olhar essa sua boca é um martírio

quando, atrevida, não posso beijá-la.

Sua pele macia, para mim, é um colírio

quando me permito sutilmente tocá-la.

É essa paixão alucinada me faz querer

sentir o seu abraço sempre a me envolver,

me apertando, bem forte, contra o peito,

não largando, jamais, de nenhum jeito.


Se o seu corpo nu fica descoberto,

vou chegando cada vez mais perto,

na tentativa, acanhada, de querer amar

e de você, igualmente desejar.

Encosto-me devagar, fingindo não querer,

sentindo em minha pele todo seu calor,

que no meu corpo ardente faz nascer

momentos de felicidade ou quase amor.


E entregando-me a você, meu amado,

deixo-me levar por essa paixão que escraviza,

que traz o êxtase tão sonhado

que todo amante idealiza.



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